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Storytelling

Storytelling vem do inglês, story = história, telling = contar, ou seja: a arte de contar histórias; exatamente como nossos pais faziam conosco quando éramos crianças ou como autores de livros e filmes fazem até hoje.

foto ilustrativa de uma máquina de escrever amarela, com fundo amarelo, escrito "storytelling" nas teclas de digitação.

As histórias são sempre a reprodução de uma sequência de fatos, verdadeiros ou não, que têm personagens, conflitos e cenários. As histórias mais empolgantes rendem milhões em bilheterias no cinema e até saem de lá, passam a fazer parte do dia a dia das pessoas, como Star Wars, por exemplo.


Os personagens centrais das tramas são pessoas, animais ou objetos com os quais nos identificamos fortemente. Sentimo-nos atraídos a ouvir sua história, acompanhar cada capítulo e viver a emoção de ver o começo, meio e fim do enredo. Todos nós já nos sentimos assim instigados a acompanhar uma boa história. O que impediria então as marcas de se colocarem como personagens centrais de uma história, fazendo com que a gente também queira acompanhá-las? Nada, absolutamente nada. Parece simples, mas não é, pois não é tão fácil ser um contador de histórias.



Desdobramento do Storytelling

Para inserir um produto dentro de uma história, é necessário contextualizá-lo genuinamente para que ele seja vendido de forma natural. As pessoas precisam sentir que aquela narrativa é verdadeira, precisam se sentir tocadas com aquilo para terem o desejo de consumir.


Um exemplo bem ruim disso são aquelas intervenções feitas em novelas (que, hoje em dia, são cada vez mais patrocinadas por marcas), em uma cena para a demonstração do produto: pessoas usando o bankline em um contexto estranho ou, ainda, alguma personagem mostrando o “perfume que acabou de comprar e é delicioso” em outro momento. Nunca parece muito natural, não é mesmo?

Você tem dúvida de que alguma marca já tenha conseguido esse feito, de sair das telas da propaganda e ir parar no dia a dia do consumidor?


Mas por que nos últimos anos esse processo passou a ser uma febre entre as marcas?

Porque o mercado constatou que não adianta mais falar com consumidores da maneira que fazíamos há décadas. Há uma mudança de comportamento que exige que a forma como a marca chega até eles seja mais interessante, mais verdadeira, mais humana.


Atualmente, com histórias mais humanas, a chance de uma marca fazer parte da vida do consumidor é maior, pois carregam valores humanos que geram identificação com os consumidores e fazem com que eles sintam vontade de acompanhar a história, e mais, fazer parte dela.


Quando uma empresa se dispõe a fazer propaganda por meio de um Storytelling, há muita pesquisa envolvida no processo. Ou seja, antes de definir a mensagem central, é necessário haver um entendimento do consumidor: Quem é a audiência com quem quero me comunicar? O que essas pessoas fazem durante a semana? Quais são seus problemas, suas necessidades, suas crenças em comum? Aqui entram diversos institutos de pesquisa que podem ajudar as marcas a responderem muitas perguntas. No entanto, essas respostas não serviriam de nada se não pudéssemos conectar a vida desses consumidores com as nossas marcas.


Storytelling em Game

Os games permitem que o jogador vivencie a história. Ele não é um espectador apenas, aliás não há esse papel, a interação com o universo ficcional é fundamental. Ou seja, o jogador interage com o contador da história ou ele próprio conta sua história.


Existem basicamente dois tipos de histórias que podem ser usadas em games: a história que surge e a história que é contada.

Histórias que surgem são aquelas que aparecem de acordo com o andamento da partida. Normalmente, podemos identificar esse tipo de história quando falamos de jogos nos quais o gameplay é o principal atrativo.


Existem algumas características comuns a qualquer tipo de game que tenha a sua história no estilo que surge:


  • É produzida em conjunto com o jogo.

  • O jogador é um espectador e pode ter algum poder de decisão.

  • Tem começo, meio e fim definidos.


É possível subdividir também os tipos de histórias contadas em dois formatos: lineares e ramificadas. A primeira encadeia os acontecimentos da narrativa de forma sequencial, ou seja, as etapas sempre ocorrerão na mesma ordem, independentemente do que o jogador fizer.



Definindo os Personagens

Se analisarmos atentamente as histórias contadas por povos completamente diferentes durante milhares de anos, é possível identificar tipos recorrentes de personagens: heróis que partem em uma missão ou em busca de alguma coisa, velhos sábios que lhes concedem orientação ou itens mágicos, arautos que os chamam para aventuras, guardiões que bloqueiam seu caminho, entre outros. Esses antigos padrões de personalidade compartilhados por toda a raça humana foram batizados pelo psicólogo suíço Carl. G. Jung de arquétipos.


Embora existam vários outros – tantos quanto as qualidades humanas que podem ser dramatizadas. Os relacionados a seguir são os arquétipos mais comuns e úteis para se contar uma boa história.



Herói

O arquétipo do herói é o personagem principal, é o nosso protagonista. Nosso herói sempre começa a história com algum tipo de problema – afinal de contas, o que move uma história é o conflito – e embarca em uma jornada física e/ou emocional com o objetivo de resolvê-lo. Tal estrutura é chamada de monomito ou “jornada do herói”, apresentada por Joseph Campbell em 1949, em seu livro “O Herói de Mil Faces”.


“Luke Skywalker” (da franquia Star Wars) e “Harry Potter” (da franquia Harry Potter) são exemplos clássicos de heróis.

Vilão

Mentor

Alidado

Guardião do limiar

Trapalhão ou Pícaro

Arauto ou Mensageiro

Camaleão


Como contar a história

Para facilitar o processo de narrativa da história, é possível fazer uso de algumas “fórmulas” ou “moldes”. Tratam-se de estruturas narrativas que, assim como os arquétipos, servem como verdadeiras ferramentas que nos auxiliam no ato de contas histórias.


Três Atos da Fórmula Hollywood

A fórmula ensinada em escolas de roteiro em Hollywood e no mundo se baseia na simples ideia de que uma boa história tem começo, meio e fim.


Começo (Ato 1)

Introduz o problema do personagem principal, posicionando o espectador no drama ou mesmo na ação da história. O plano de fundo de qualquer evento secundário ou menor pode ser apresentado posteriormente. O objetivo é “fisgar" a atenção do espectador.

Meio (Ato 2)

Final (Ato 3)


Monomito ou "A Jornada do Herói"

Segundo Campbell (1949), lendas e mitos no mundo inteiro compartilham de uma estrutura de história, e a esta estrutura foi dado o nome de “monomito” ou “jornada do herói”.


Praticamente todos os arquétipos clássicos de Jung são aplicados. Na jornada do herói, um personagem fictício deixa sua comunidade e embarca em uma jornada perigosa, geralmente para recuperar algo ou alguém pelo qual tem muito apreço. Vogler (1998) criou um molde cujos doze passos podem ser utilizados para escrever uma história de sucesso, e aplicam-se à jornada do herói:



Mundo Comum

O mundo normal do herói antes da história começar. Elementos do cotidiano são introduzidos. Trata-se de um dia como outro qualquer.


Em Star Wars, vemos Luke Skywalker entediado com sua vidinha de fazendeiro em Tatooine, para só depois ser lançado ao Universo.

O Chamado à Aventura

A Relutância do Herói / Recusa do Chamado

O Encontro com o Mentor

Travessia do primeiro limiar

Provações, aliados e inimigos

Aproximação da caverna oculta

Provação

Recompensa

O caminho de volta

Ressurreição

Retorno com o elixir

Ambos os modelos se complementam.



Primeiro Ato

• Mundo comum

• Chamada à aventura

• Recusa do chamado

• Encontro com o mentor

Segundo Ato (crise)

Terceiro Ato (clímax)


Para que a história tenha sucesso, a estrutura da jornada não deve ser evidente demais, ou seja, não deve chamar atenção. Sendo assim, não deve ser seguida à risca – os passos apresentados podem ser eliminados e outros podem ser acrescentados, até mesmo a ordem em que aparecem na história pode ser modificada.



Aplicabilidade

Os profissionaisdos mais diversos ramos devem ter noção dos conceitos básicos do Storytelling para que o mercado evolua em direção a uma comunicação mais saudável. Professores, por exemplo, todos os dias, têm o objetivo de que seus alunos construam conhecimento do mais simples ao mais complexo. Com toda a evolução da tecnologia na mão dos alunos, qual será a forma mais envolvente e o meio mais eficaz para ensinar? Contando uma história é uma delas, e claro, fazendo-os com que se sintam engajados para explorar a história nas mais diversas mídias, analógicas e digitais.


Além deles, podemos estender o conceito a outros profissionais, pois o consumidor não aceita mais tudo sem saber procedência, cuidados, preparo etc. De certa forma, há uma história ali. Os especialistas em tecnologia já se veem forçados a estar muitos passos à frente do consumidor, ao mesmo tempo em que desenvolvem formatos amigáveis para todos e facilitam a vida e o dia a dia.


Por fim, o público, que está no centro de tudo, tem a oportunidade de entender melhor e se conectar com marcas, empresas e negócios de forma mais humana.



Hands On!

Para exercitar a sua capacidade de criar e contar uma história, vamos retomar as duas regras de ouro:


•Entender o público.

• Desenvolver uma história verdadeira ligada à marca/empresa.


Agora é a sua vez de contar uma história! Como você já entende o público (no caso, você), o primeiro passo se torna mais fácil. Vamos lá?

Se a sua vida fosse um storytelling, como seria e em que momento a tecnologia teria entrado na história?


Você tem até 10 linhas para contar essa história. Lembre-se que o mais importante é mostrar a relação entre você e a tecnologia.
guga_gonçalves, consultor_de_marketing_digital_em_campinas, consultor_de_marketing_digital

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